São cíclicas!
O Tâmega, cansado das margens que o espartilham, cresce e alarga-se invadindo os campos que lhe são vizinhos!
"Lava-se nas matas ribeirinhas" purificando-se de toda a sorte de lixo que nele depositam!
É a sua pequena vingança...devolve o que não lhe interessa!
E arrastando aqui, depositando acolá, vai-se renovando sem macular a sua singular beleza que desponta todas as primaveras!
Já nos habituamos às cheias e, orgulhosamente ostentamos nas paredes das nossas ruas, as placas dessas efemérides mais significativas, que mostramos aos turistas incrédulos e ávidos de informação.
Daí continuarmos a querer este rio milenar tão livre e selvagem, quanto livre e selvagem o legaram as gerações do passado.
Que o deus Tameobrigo continue a protegê-lo na sua cavalgada livre até ao Douro, que de braços abertos o recebe, para com ele recordar o seu próprio passado de rio indomado!